O pedido de instalação de uma Comissão Processante
contra o prefeito Fernando Augusto Cunha, feito pela Cootranspe, cooperativa de
perueiros que voltou a cuidar do transporte escolar das redes municipal e
estadual da zona rural para a cidade e vice-versa, foi arquivado após análise
feita pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis, e sequer
chegou a ir ao Plenário.
A alegação dos integrantes do Conselho que havia
muitas inconsistências no bojo do pedido e, mais que isso, não havia anexada
nenhuma prova ou evidência de crime eventualmente praticado pelo Chefe do
Executivo.
O contexto principal do pedido era a acusação de
favorecimento à empresa vencedora, que seria um braço estendido daquela que
cuida do transporte coletivo urbano. O pedido era “contra o Prefeito Municipal,
senhor Fernando Augusto Cunha, por infração político-administrativa
fundamentada no Art. 4º, VII e VIII do Decreto-Lei Federal 201/1967, Regimento
Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município”.
O documento pedia investigação contra o prefeito,
mas não dizia o que ele fez. Nem citava que era sobre a licitação do
transporte. Este trecho lido por mim é o único que faz referência a Cunha.
Porque logo depois eles passam a pedir uma medida coercitiva contra o vereador
Heliton de Souza, o Lorão, por afirmação que teria feito após reunião entre
vereadores e membros da cooperativa, julgada ofensiva por eles.
“Numa análise mais detalhada, vê-se que o pedido foi
mal formulado. Porque pede investigação contra o prefeito mas não diz o que ele
fez. Nem cita que é sobre a licitação do transporte. E ainda emenda com o
pedido do ‘Lorão’. Assim, fica difícil mesmo para que a Casa de Leis investigue
alguma coisa”, disse uma fonte à reportagem da Espaço Livre.
“E mais: não juntaram nenhum documento para provar
qualquer indício de erro na Licitação. Sem provas de indício não há mesmo o que
fazer. O Requerimento sequer fala da licitação”, completou a fonte.
Por outro lado, a
Câmara de Vereadores realizou a sua 102ª Sessão Ordinária na noite de ontem, segunda-feira,
22 de abril, com sete projetos em Deliberação e oito em votação, um deles em
Regime de Urgência. Os projetos em votação foram todos aprovados por
unanimidade, incluindo o 6092/2024, de autoria do Executivo, que dispõe sobre a
reestruturação do Conselho Municipal de Turismo, que foi votado em Urgência
para Primeira e Segunda Discussão e Votação, e Votação de Redação Final.
Um importante projeto
deliberado na sessão desta segunda-feira e que entra em discussão a partir da
próxima sessão, é o de nº 6090/2024, que dispõe sobre alteração de dispositivos
da Lei 3.690, de 17 de maio de 2013, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual para o
exercício financeiro de 2025, de autoria do Executivo.
Para o ano que vem, a
estimativa orçamentária para a Estância Turística é de R$ 368.728.086,06, sendo
que deste montante, será destinado para a Câmara R$ 9.100.683, para a
prefeitura, R$ 324.362.703,06, para a Superintendência de Água e Esgoto da
Estância Turística de Olímpia (em liquidação), R$ 300.000 e para o Instituto de
Previdência dos Servidores Públicos de Olímpia, R$ 34.964.700. |