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Bacamarteiros, Parafusos e Taieiras representam Sergipe no 54º Festival do Folclore - Rádio Espaço Livre AM 720 - Olímpia-SP
Folclore
Bacamarteiros, Parafusos e Taieiras representam Sergipe no 54º Festival do Folclore
17/07/2018

O folclore sergipano é rico e diversificado, reunindo elementos da cultura indígena, africana e europeia. E toda essa cultura poderá ser vista no 54º Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia, de 4 a 12 de agosto. Três dos mais tradicionais grupos do Brasil estarão no palco do Fefol representando o Estado de Sergipe – o Batalhão de Bacamarteiros, da cidade de Carmópolis, e Parafusos e Taieiras, ambos de Lagarto. Os três participam do Festival de Olímpia quase que desde sua criação e a cada ano encantam mais pela sua originalidade e autenticidade.

 BATALHÃO DE BACAMARTEIROS

Por volta de 1780, surgiu um grupo no qual os negros dos engenhos de cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba brincavam de -de-roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Atualmente, o Batalhão de Bacamarteiros possui 60 integrantes, entre homens, mulheres e crianças. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes.

 Para fabricar a pólvora, é utilizado o carvão produzido a partir da umbaúba, cachaça e enxofre. Durante os festejos juninos, acontece o ritual do Pisa Pólvora para comemorar os Santos do mês. A musicalidade e o ritmo contagiante encantam todos que assistem às apresentações do grupo pelo país.

O Batalhão de Bacamarteiros exibe a riqueza da cultura africana disseminada por aquela região e é uma marca inconfundível da cultura de Carmópolis. O Batalhão se apresenta nas festas juninas, embelezando o município com a alegria das roupas, com o barulho dos tiros e a graciosidade da dança e dos repentes. Nas ruas, o colorido especial das bandeirinhas, balões e fogueiras enfeitam a cidade nas festividades.

 

PARAFUSOS

A origem do Grupo Parafusos é datada de 7 de setembro de 1897. Foi fundado pelo Padre José Saraiva Salomão e tinha como objetivo o assombramento por meio de disfarce, que era a fuga dos negros escravos. Segundo a história, os negros fugiam dos engenhos e se embrenhavam nas matas, fazendo mocambos. Na calada da noite, saíam para pequenos furtos. Era comum naquela época as sinhazinhas deixarem no quaradouro, durante a noite, as peças das suas indumentárias, anáguas ricamente bordadas e cheias de rendas francesas. Deixavam-nas ali porque o sereno ajudava a alvejar o linho belga. Tais anáguas, segundo a moda, tinham 9 côvados e formavam uma grande roda. Os escravos, ladrões delas, se apoderavam e quando em época de lua cheia, vestiam as peças que tinham roubado, fazendo com que todo o corpo ficasse coberto, após colocar uma sobre a outra, até cobrir o pescoço. E assim saíam pelas estradas dando pulos e fazendo assombração, se embrenhavam pelos canaviais e fugiam para os quilombos.

A superstição da época fazia acreditar em alma sem cabeça e outras visagens. Os moradores se abstinham de sair para se proteger algo porque tinham medo. Esta prática levou vários anos, até quando foram libertos. Alforriados saíram às ruas vestindo as anáguas numa gozação dos seus antigos senhores. Passando em frente à Igreja Matriz da cidade de Lagarto, o padre achou interessante o movimento feito por eles, que torciam e destorciam, e os batizou de parafusos. A primeira música do grupo é de autoria do próprio Padre José Saraiva Salomão. Os instrumentos que acompanham o grupo são triângulo, acordeom e bombo.

 

TAIEIRAS

Também é do pequeno Estado de Sergipe que as Taieiras mais se desenvolveram, espalhadas por velhas cidades, na zona do Vazabarris, Cotinguiba e no sertão, em Lagarto. Silvio Romero registrou sua presença nas festas natalinas. As pesquisas confirmam que outrora, quando as sinhás brancas viviam enclausuradas nas casas grandes e nos sobrados patriarcais, os negros e mulatos das Taieiras desfrutavam o privilégio de cantar, dançar e divertir-se nas praças das igrejas e no meio das ruas. A mais remota notícia das Taieirias é do século XVIII. Em 1760, por ocasião do casamento da princesa do Brasil com D. Pedro, o acontecimento foi festejado na vila de Nossa Senhora da Purificação, em Santo Amaro, capitania da Bahia, onde desfilaram várias danças, inclusive as Taieiras.

Um século depois, Silvio Romero iria encontrar a respeito do folguedo, nas festanças matrimoniais da futura D. Maria I, a origem da dança, sua filiação, as tradições lusitanas, africanas ou indígenas. No dia 06 de janeiro, se comemora o dia de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, dos quais as Taieiras são devotas. Os personagens masculinos resultam na incorporação dos reis dos congos. É composto de um grupo de jogadores de espadas, mulatos, que disputavam tirar a coroa do rei e das rainhas e outros defendiam.

 
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