O arcebispo
de São Paulo, Dom Odilo Scherer, informou que mantém a recomendação pela
suspensão das missas presenciais, mesmo antes da decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) de proibir as celebrações religiosas coletivas em todo o país.
Sobre a
decisão, Dom Odilo disse que as medidas adotadas pela Arquidiocese de São
Paulo, a terceira maior arquidiocese católica romana do mundo, independem de
decisões judiciais, e que mantém a recomendação pelo distanciamento social.
“A nossa
recomendação de celebrar sem a presença do povo nas igrejas não veio de uma
proibição: nossa posição vem da preocupação pela situação da pandemia, que está
muito grave, com muitos doentes e mortos”, explicou o cardeal no programa
"Diálogos de Fé", que ele apresenta na Rádio 9 de Julho, da
Arquidiocese de São Paulo.
No dia 12 de
março, Dom Odilo publicou uma carta repercutindo entre os bispos, párocos e
fieis o decreto estadual que determinou a fase emergencial do Plano São Paulo,
com maiores restrições para evitar a aglomeração de pessoas.
No
comunicado, ele orientou para que as igrejas se mantenham abertas entre 6h e
19h30, limpas e ventiladas, apenas para a visita e a oração individual dos
fieis, com aferição da temperatura corporal, uso de máscara, disponibilização
de álcool em gel e distanciamento físico. Ele também indicou que as celebrações
das missas deveriam ocorrer sem público, mas com transmissão pelas redes
sociais.
“Enquanto
isso, esperamos que a vacinação chegue em breve a toda a população, de maneira
que, com o cumprimento do dever das autoridades públicas e a colaboração da
população, possamos ficar livres dos males presentes e voltar a uma vida
serena”, escreveu Dom Odilo na ocasião. |