Os oito municípios que são banhados pelas águas do Rio
Grande, no reservatório de Marimbondo, estão em alerta para a possibilidade de
faltar água suficiente para abastecer as propriedades rurais e as cidades.
Com a forte estiagem neste ano de 2021 e com o
reservatório de Marimbondo não represando água, os integrantes das Defesas
Civil dos municípios paulistas de Altair, Barretos, Colômbia, Guaraci, Icém e
os mineiros Planura, Frutal e Fronteira demonstram preocupação para um possível
desabastecimento e até mortandade de peixes.
A bióloga Maria Inácia Macedo Freitas, explicou que a
água deveria ficar reservada no Reservatório de Marimbondo, mas a ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico) está liberando para abastecer outras usinas
hidrelétricas abaixo da existente e segurando a vinda de água em outras
hidrelétricas acima.
“Como uma torneira aberta, toda a água do Rio Pardo vai
descendo e vai secando o Rio Grande. Ainda estamos no outono e quando chegar o
inverno, como vai ficar a questão de água para os animais, para as propriedades
rurais e a irrigação que tem outorga para uso da água?
Segundo a bióloga, que coordena a Defesa Civil de
Colômbia, os representantes destes municípios estão se articulando para enviar
um ofício à ONS e também, mobilizar as entidades ambientais para buscar uma
solução para o problema.
“São oito cidades que vão sofrer gravemente com essa
falta de água. O Rio Grande é um regulador de tudo. Estamos muito preocupados
como será essa situação de falta de água, para a produção de alimentos na safrinha,
abastecimento das indústrias e o dano ambiental que pode ser irreversível,
principalmente os alevinos que ficam nos varjões que estão todos secos”,
explicou Maria Inácia. |