Por meio da publicação de Extrato de Contrato de
Financiamento feita na edição de sexta-feira, dia 28 de maio passado do Diário
Oficial Eletrônico, o prefeito Fernando Augusto Cunha está anunciando que o
município irá “sacar” R$ 27 milhões, dos R$ 50 milhões de empréstimo pendente
junto à Caixa Econômica Federal, autorizado pela Câmara de Vereadores, em
fevereiro deste ano.
A publicação trás
somente dados técnicos. Ela tem como objeto “operação de crédito com finalidade
única e exclusiva de financiar despesas de capital”. Cita a Lei autorizativa
4.582, de 10 de fevereiro de 2021, e declara valor de R$ 27,5 milhões, ou seja,
55% do total disponível.
Como já se informou à época da polêmica aprovação do
empréstimo, a garantia dada pelo montante a ser sacado daquele banco é o Fundo
de Participação do Município, o FPM, repasse constitucional feito pela União
aos Estados e municípios, composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda
(IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
O empréstimo tem prazo de carência de 24 meses, para
amortização em 96 meses, ou seja, oito anos de prestações mensais e sucessivas.
Mas, o prazo total do empréstimo, caso seja retirado na íntegra, é de 120 meses,
ou seja, 10 anos, com taxa de juros CDI + 3,92% ao ano. O contrato de
“adiantamento” foi assinado no dia 18 de maio passado.
Quando da aprovação do empréstimo, na sessão do dia 8 de
fevereiro, a prefeitura esclareceu, diante da polêmica surgida, que ele “visa
garantir recursos para investimentos em importantes obras e projetos em
benefício da população, tendo em vista que os recursos próprios são
comprometidos, em sua maioria, com despesas fixas e obrigatórias por lei, como
os gastos em Saúde, Educação, Assistência Social e folha de pagamento”.
Segundo a proposta, os recursos serão aplicados nos
seguintes projetos: recapeamento asfáltico; continuidade na substituição dos
paralelepípedos; construção de área de lazer no antigo Banespol; implantação de
Complexo Municipal de Saúde; construção de uma nova Unidade de Saúde no Jardim
Santa Ifigênia; ampliação e reforma na UBS das Cohab I e II; construção de um
novo CRAS na Cohab I; desapropriação de imóveis para novo loteamento de casas
populares; aquisição de equipamentos para a Guarda Municipal; construção de um
Centro Administrativo, além de obras de mobilidade urbana, como o acesso aos
bairros da região leste.
Sobre os R$ 27,5 milhões, no entanto, ainda não foram especificadas
as melhorias a serem executadas com o montante. |