O Dia internacional da Prostituta é uma data
comemorativa, que lembra a discriminação das prostitutas, as suas condições
precárias de vida e de trabalho e a sua exploração.
O ponto de partida para esse dia comemorativo foi o dia 2
de junho de 1975, no qual mais de 100 prostitutas ocuparam a Igreja
Saint-Nizier em Lyon, a fim de chamar a atenção para a sua situação. O Dia da
Prostituta é celebrado anualmente desde 1976 no dia 2 de junho.
A partir dos anos 70, as agências policiais mantiveram as
prostitutas na França sob crescente pressão. As represálias da polícia forçaram
as mulheres a trabalhar em segredo. Como resultado, a proteção relativa da
observância pública acabou e as meninas se viram confrontadas com um aumento da
violência contra elas por cafetões, clientes e policiais.
Depois de dois assassinatos e falta de vontade do governo
para melhorar a situação das prostitutas, estas ocuparam uma das igrejas locais
em Lyon - Saint-Nizier, na rue de Brest - e entraram em greve. Depois de oito
dias, a igreja foi liberada pela polícia. O evento é considerado como o ponto
de partida de um movimento de putas.
A situação atual das trabalhadoras do sexo não tem melhorado
desde 1975, documentou uma leitura intitulada “Mulheres sem quartos”, em 29 de
maio de 2011, realizada em Bochum, Alemanha. A leitura foi dedicada aos
profissionais do sexo da cidade vizinha Dortmund, na qual queriam suprimir as
prostitutas da vida pública com meios semelhantes aos de 1975, em Lyon.
Há outros dias comemorativos parecidos a este de hoje: Dia
3 de março foi o Dia Internacional dos Direitos dos Trabalhadores de Sexo
(Internacional Sex Workers’ Rights Day) e no dia 17 de dezembro comemora-se o
Dia Internacional Contra a Violência Contra prostitutas (International Day to
End Violence Against Sex Workers).
Aqui no Brasil a prostituição é reconhecida como uma das
600 ocupações profissionais desde 2002. Contudo, ser proprietário ou gerente de
local onde se pratica o sexo comercial é crime.
O governo desenvolve políticas públicas de apoio, em
especial, na área de saúde. E, desde 1987, a rede brasileira de prostitutas reúne
30 organizações de classe.
No teatro, na literatura, música e cinema, elas têm papel
de destaque. Jorge Amado escreveu sobre seus dramas e alegrias e Chico Buarque,
sem dúvida, prestou a maior homenagem a estas profissionais com a épica canção “Geni
e o Zepelim”. |