Em entrevista concedida ao DHoje, jornal de São José do
Rio Preto, o deputado estadual
licenciado e secretário da Agricultura de São Paulo, Itamar Borges, MDB, disse
que nunca escondeu que um dia sonha em ser prefeito de Rio
Preto.
Nega, no entanto, que a ida de Edinho Filho, MDB, para
ocupar um posto na secretaria é uma jogada no tabuleiro político para amarrar
apoios futuros a essa pretensão. Segundo ele, Edinho Filho é apto a ocupar o
cargo para fazer a interlocução da secretaria com o setor na região Noroeste. O
advogado Edson Coelho Filho é filho do prefeito Edinho Araújo, MDB.
Esta manifestação de Itamar também alcança uma outra
vertente da política eleitoral rio-pretense. O deputado federal olimpiense
Geninho Zuliani, do Democratas, que no ano passado transferiu seu domicilio
eleitoral para a cidade vizinha e na ocasião foram fortes os rumores de que sua
pretensão com esta mudança, era tentar a cadeira de prefeito, com apoio de
Edinho Araújo e do vice-governador Rodrigo Garcia.
À época de sua mudança, a reportagem da Espaço Livre
tentou obter dele alguma declaração sobre a motivação de sua transferência, mas
o deputado não atendeu a reportagem, nem respondeu se sua intenção era vir a
governar o município de Rio Preto, conforme os fortes rumores de então.
Itamar, por sua vez, nega ter transferido o domicilio
eleitoral por causa de eleições. “Mudei meu domicílio eleitoral para São José
do Rio Preto no início de 2019, quando a cidade ficou sem nenhum representante
na Assembleia”, disse ele. Embora tenha tido apoio do vice-governador Rodrigo
Garcia, PSDB, para ser indicado Secretário, também nega que haja amarração
futura para a eleição municipal de 2024.
Itamar foi três vezes prefeito de Santa Fé do Sul,
considerado competente em zeladoria de cidades, está no seu terceiro mandato de
deputado estadual e é pupilo do prefeito Edinho Araújo, a quem sucedeu em Santa
Fé.
Para ele, o futuro prefeito tem que aprofundar as ações
do atual prefeito, rebate o argumento de é forasteiro alegando que Rio Preto é
a capital regional construída por pessoas das cidades próximas, de outros estados
e até outros países. “Me sinto rio-pretense. Como todos os outros habitantes da
cidade”. |