A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na manhã de
quarta-feira, dia 7, um projeto de lei que autoriza o governo do estado a
adquirir diretamente de fabricantes vacinas contra a Covid-19. O texto prevê
ainda que empresas privadas possam fazer a compra desde que façam a vacinação
de seus próprios funcionários e de forma gratuita. O projeto de lei segue agora
para a sanção ou o veto do governador João Doria (PSDB).
Pelo texto aprovado, só podem ser adquiridos ou
importados imunizantes autorizados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). O documento também regulamenta uso do soro anti-Covid e
empréstimos públicos em apoio a indústrias que produzam os imunizantes por
parte do estado.
Era necessária a aprovação do projeto para que o estado
faça os gastos, que não estavam previstos no orçamento anual.
O texto do projeto de lei original foi de autoria do
deputado Paulo Fiorilo (PT), mas recebeu adendos de projetos semelhantes de
outros parlamentares e foi estendido também ao acesso à iniciativa privada por
meio de texto do deputado Vinicius Camarinha (PSB). Segundo Camarinha, esta é a
primeira lei aprovada por Assembleias Legislativas nos estados autorizando a
compra de imunizante nestes termos.
De acordo com o projeto, a aquisição pelo estado e pelo
setor privado só poderá ser feita seguindo as leis federais e se não houver
prejuízo aos demais entes da federação (União e estados).
lém das autorizações de compra, o projeto também
possibilita a utilização do soro anti-Covid, que está sendo desenvolvido pelo
Instituto Butantan e pode ajudar no combate à doença. O soro ainda está em
análise por parte dos órgãos de regulação federais.
A administração deverá ser feita apenas em ambiente
hospitalar, com os resultados sendo registrados detalhadamente no prontuário do
paciente. Ainda de acordo com o texto, pelo menos um hospital de referência no
tratamento do vírus deverá ser destacado para sistematizar os resultados da
aplicação.
O projeto segue entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), feito em decisão em fevereiro deste ano, que autorizou estados e
municípios a comprar vacinas contra Covid se União descumprir plano nacional de
imunização ou não fornecer vacinas no prazo esperado. |