As mortes por Covid-19 no Brasil já superam a população de
cerca de 88% dos municípios do país, que atingiu nesta quinta-feira, dia 29, a
marca de 400 mil, em decorrência da doença. Apenas 63 das 5.570 cidades
brasileiras têm mais habitantes que o número total de vítimas do coronavírus
registradas até agora, segundo estimativas mais recentes do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trazendo a
contabilidade para a macrorregião de Olímpia, tantas mortes representam a
totalidade de habitantes de 81 cidades no entorno de São José do Rio Preto e
Olímpia. Indo mais a fundo, as mais de 400 mil mortes corresponderiam ao desaparecimento
dos municípios de Olímpia, Catanduva, Mirassol, Fernandópolis e Votuporanga.
O Brasil
contabilizava até ontem, 400.021 mortes por Covid-19, de acordo com
levantamento do consórcio de veículos da imprensa. O país é o segundo em número
absoluto de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos, e o 13º em proporção à sua
população, que representa aproximadamente 2,7% dos habitantes do planeta. Em
geral, a nação é responsável por 12,6% das vítimas da doença em todo o mundo.
A marca é
superior à população de duas capitais brasileiras: Palmas (TO) e Vitória (ES),
que têm cerca de 306 mil e 365 mil habitantes respectivamente. A tendência é
que a quantidade de óbitos exceda em breve as populações das capitais Rio
Branco (AC) e Boa Vista (RR). O montante também é maior que o número de
moradores em cidades tradicionais como Olinda (PE), Anápolis (GO) e Blumenau
(SC), e é pouco inferior aos municípios paulistas Carapicuíba e Piracicaba.
Desde março
do ano passado, uma em cada cinco mortes notificadas no país (21,7%) é
decorrente da Covid-19. O índice foi calculado a partir de dados da Associação
Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), entidade que representa
todos os cartórios do país.
O Brasil foi,
entre 9 de março e 25 de abril, o país com maior média diária de mortes por
coronavírus no mundo, mas foi superado pela Índia na última segunda-feira (26).
A nação asiática enfrenta sua pior fase da pandemia em meio a uma segunda onda
devastadora, que resultou no colapso dos sistemas de saúde e funerário. Além da
falta de leitos, os indianos sofrem para conseguir oxigênio, vendido inclusive
no mercado clandestino.
No dia 10
deste mês, pouco mais de um ano após o primeiro caso de Covid-19 reportado no
Brasil, o número de óbitos em decorrência da doença ultrapassou os que perderam
suas vidas em razão da Aids ao longo de toda a série histórica, que vai do início
de 1980 até o final de 2019. |