O governo de São
Paulo adiou pela terceira vez a liberação do funcionamento do comércio até as
22h, programada para ocorrer no início do próximo mês.
Com a mudança, o
estado permanecerá na atual fase da quarentena, que autoriza lojas, shoppings,
academias, salões de beleza e restaurantes a operar até 21h, até o dia 15 de
julho.
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até setembro; veja datas
Segundo o
governador João Doria (PSDB), a decisão foi tomada conforme orientação do
Centro de Contingência da Covid e ocorre em função do aumento no número de
casos e mortes a doença no estado.
"Devido aos
índices elevados de casos, internações e óbitos em São Paulo, o governo do
estado vai seguir, mais uma vez, a recomendação do Centro de Contingência e
prorrogar a fase de transição até 15 de julho", disse Doria em coletiva de
imprensa na tarde desta quarta-feira (23).
O estado de São
Paulo registra alta na média móvel de casos de Covid-19 há 13 dias
consecutivos. Há mais de uma semana este índice está acima de 17 mil novos
casos por dia. Antes de junho, este patamar havia sido registrado apenas duas
vezes, no início de abril, quando ocorreu o ápice da segunda onda da doença no
estado.
A média de mortes
também está em alta, mas os dados foram afetados por problemas técnicos nos
registros oficiais no início de junho. Nesta quarta (23), a média de mortes é
de 560 por dia – o número está acima de 500 óbitos diários há 13 dias.
Inicialmente, a
gestão de Doria anunciou que a medida entraria em vigor no dia 1° de junho.
Depois, recuou e alterou a data para 14 do mesmo mês.
No dia 9 de junho,
decidiu não fazer alterações até o dia 30 e, agora, ampliou a medida até a
segunda semana de julho.
A capacidade máxima
de funcionamento do comércio, que também tinha a previsão de ser ampliada para
60%, seguirá em 40%.
O governo vem
mantendo a fase atual desde o final de maio e sugerindo que ações restritivas
sejam feitas pelas prefeituras. 127 cidades já determinaram regras mais rígidas
do que a proposta da gestão estadual.
Se as regras do
Plano São Paulo vigentes em janeiro deste ano ainda fossem seguidas, todas as
cidades com mais de 80% de ocupação de leitos deveriam estar na fase vermelha
do plano, na qual restaurantes e comércios não essenciais não podem funcionar. |