A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que o
Pix deverá crescer este ano 58,8% em relação a 2023 e movimentar R$ 27,3
trilhões, e a projeção mostra ainda que o número de transações na ferramenta de
pagamento instantâneo também deverá apresentar grande expansão, algo como
52,4%, chegando a 63,7 bilhões de operações.
Os resultados alcançados pelo Pix até 30 de setembro
deste ano já ultrapassaram as estatísticas alcançadas pela ferramenta em todo o
ano de 2023. Já foram feitas 45,7 bilhões de transações totalizando R$ 19,1
trilhões.
Ao longo de quatro anos de funcionamento, o Pix se
consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Segundo
dados do Banco Central, de 16 de novembro de 2020, data em que começou a
funcionar no país, até o último dia 30 de setembro foram 121,5 bilhões de transações
feitas no sistema financeiro nacional, com valores transacionados atingindo R$
52,6 trilhões.
No último mês de outubro, o Banco Central registrou que
os brasileiros tinham 805,6 milhões de chaves cadastradas, sendo que 766,3
milhões são de pessoas físicas, ou 95%. Quarenta e oito por cento (48%) do
número de transações do Pix são feitas de pessoa para pessoa. Ainda de acordo
com dados de outubro, 44% das transações são iniciadas pela chave Pix. E 160,5
milhões de pessoas físicas já fizeram um Pix.
Novas
funcionalidades E,
neste aniversário de 4 anos, o Pix ganhou três novas funcionalidades para
trazer maior facilidade e conveniência aos brasileiros em suas transações do
dia a dia.No
final de outubro, começou a funcionar de forma obrigatória o Pix agendado
recorrente para 863 participantes do ecossistema (entre bancos, instituições de
pagamento etc.), que permite pagamentos regulares de mesmo valor para cair na
conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês.
Desde 1º de novembro, o Pix também ganhou novas regras
para dar mais segurança em suas transações, com mudanças para o cadastramento
de novos dispositivos usados por clientes em suas transações. Desde a data, o
cliente que trocar de celular ou computador terá um limite de R$ 200 por
operação, ou R$ 1 mil por dia. Para elevar esses limites, será necessário
cadastrar o novo aparelho em suas instituições financeiras. O objetivo da
medida foi reduzir a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos
diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar
transações Pix.
E no último dia 4 de novembro foi anunciado o Pix por
aproximação, que possibilita o usuário fazer pagamentos sem utilizar o
aplicativo de sua instituição financeira, utilizando uma carteira digital. A
funcionalidade é disponibilizada por empresas por meio de contratos bilaterais
e a sua oferta ao usuário final depende de iniciativas dos agentes de mercado.
Futuro Para
16 de junho de 2025, está prevista a entrada em vigor do Pix Automático,
mecanismo que irá facilitar cobranças e poderá ser utilizado como forma de
recebimento por empresas de diversos segmentos, entre elas, concessionárias de
serviço público, escolas, faculdades, academias, condomínios, clubes sociais,
planos de saúde, serviços de streamings, portais de notícias, clubes por
assinatura e empresas do setor financeiro. Mediante autorização prévia pelo
próprio celular, o usuário permitirá os débitos periódicos de forma automática,
sem a necessidade de autenticação a cada transação.
De acordo com o Banco Central, o Pix Automático e Pix
Agendado recorrente têm diferenças que os tornam complementares, embora ambos
atendam a casos de uso relacionados a pagamentos periódicos. No Pix Automático,
as instruções de pagamento são sempre fornecidas pelo usuário recebedor, que
deverá ser necessariamente pessoa jurídica, mediante autorização prévia do
usuário pagador. E no Pix Agendado recorrente, as instruções de pagamento são
sempre fornecidas pelo próprio usuário pagador, que poderá ter como
destinatário pessoa física ou pessoa jurídica. |